domingo, 29 de setembro de 2013

DE VOLTA E A TODO VAPOR!

Olá galera, tudo bem? Faz tempo que não postamos nada, não é?!

Então, muita coisa se passou e nós estamos na fase de conclusão da gestão "O Trabalho Não Pode Parar!" com tudo e temos a sã consciência de que nós fizemos e estamos fazendo um bom trabalho em prol da classe estudantil.

Parte da Delegação de Chapadinha rumo ao 56º CONEA
Neste mês de setembro, levamos uma delegação rumo ao 56º Congresso Nacional dos Estudantes de Agronomia - CONEA, que foi sediado na UENF - Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro, em Campos dos Goytacazes, RJ. E nas deliberações finais do CONEA, a escola de Chapadinha se propôs a sediar o I ERA Amazônico - Encontro Regional de Agroecologia, que é um evento destinado a todos os estudantes das agrárias, biológicas e áreas a fins.

Para nós, do CAAGRO e da FEAB Chapadinha é de grande importância estar sediando este Encontro, tendo em vista que há uma carência muito grande na região do Baixo Parnaíba Maranhense estar discutindo e pautando a Agricultura Familiar e Agroecológica como um sistema de produção ecologicamente correto, socialmente justo e economicamente viável. Pois o avanço do agronegócio tem se expandido de uma forma avassaladora na região, trazendo consigo inúmeros males às comunidades tradicionais e ao meio ambiente.

Nos dias 15, 16 e 17 de novembro, estaremos realizando no Campus da UFMA de Chapadinha, o Seminário de Construção do Encontro Regional de Agroecologia, que é um espaço onde todos os estudantes tem a oportunidade de discutir e formatar a temática do nosso ERA.

Para que o mesmo ocorra, é necessário que cada da Regional 06 da FEAB (estados do Maranhão, Pará, Amapá, Amazonas, Acre, Roraima, Rondônia e Tocantins) tire 02 pessoas/militantes, para construir conosco o ERA.

Abaixo, segue a convocatória:

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE CHAPADINHA

FEDERAÇÃO DOS ESTUDANTES DE AGRONOMIA DO BRASIL
CENTRO ACADÊMICO DE AGRONOMIA – CAAGRO/UFMA
COMISSÃO ORGANIZADORA DO I ENCONTRO REGIONAL DE
AGROECOLOGIA AMAZÔNICO

CONVOCATÓRIA DO SEMINÁRIO DE CONSTRUÇÃO DO I ENCONTRO REGIONAL DE AGROECOLOGIA AMAZÔNICO

A Comissão Organizadora do I ERA – Encontro Regional de Agroecologia Amazônico (UFMA – Universidade Federal do Maranhão/ Campus Universitário de Chapadinha-MA.), convoca todas as escolas que compõe a Regional VI da FEAB, a participarem do nosso Seminário de Construção do I ERA Amazônico, a se realizar na data de 15 a 17 de novembro de 2013, no Campus da UFMA de Chapadinha – MA.
Este espaço se faz de fundamental importância, pois os debates e a construção do nosso ERA é de forma coletiva, respeitando a particularidade de cada região, mas que nos represente no todo. E para que isto aconteça, é necessário que cada Escola seja representada, por 02 (dois/duas) militantes.
Para que o nosso Seminário de Construção ocorra, necessitamos que cada militante pague uma contribuição de R$ 25,00, para ajudar no custeio da alimentação. Pedimos também aos companheiros e companheiras que tragam seus kits militantes (roupa de cama, colchonete, material de higiene pessoal, etc.).

segunda-feira, 21 de maio de 2012

SBPC Regional de Chapadinha inicia nesta terça, 22

Nesta terça, 22, inicia-se às 20 horas no auditório central da UFMA de Chapadinha, a SBPC Regional.

Nos dias 22, 23 e 24 de maio  acontecerá em Chapadinha, Maranhão,  mais uma Reunião Regional da SBPC. 
O evento será realizado no Centro de Ciências Agrárias e Ambientais da Universidade Federal do Maranhão com o tema: Sociedade e Agricultura Familiar.

O objetivo desta Reunião Regional da SBPC é  aquecer as discussões que acontecerão na 64ª Reunião Anual da SBPC em São Luís e levar o conhecimento científico e tecnológico desenvolvido no país para contribuir com subsídios para as políticas públicas locais de modo a promover qualidade de vida por meio da melhoria das condições de trabalho e educação a partir do endosso e ampliação do importante trabalho já  desenvolvido na região para apoiar a agricultura familiar, bem desenvolvida e muito importante para as famílias locais.

Durante estes dias o público poderá assistir à 2 conferências, 2 mesas redondas e 24 minicursos que contarão com a participação de pesquisadores locais e de  outras regiões do país. Os minicursos visam, principalmente, a formação complementar de professores do ensino básico. 

 A Reunião Regional da SBPC em Chapadinha, MA  é aberta ao público e a inscrição deve ser feita apenas para aqueles que desejam participar de um minicurso ou receber o material do evento.
A SBPC convida seus sócios e o público em geral para participar de mais um importante evento da ciência nacional. 

Participe e fique sócio da SBPC para ser integrante de uma das mais importantes sociedades científicas do país formada por cientistas e amigos da ciência que tem levado a ciência para contribuir com importantes decisões do país.  


Rute Maria Gonçalves de Andrade
Secretária-Geral da SBPC

OBS: As inscrições podem ser feitas até amanhã, dia 22, porém as vagas são limitadas. Venha participar conosco!
Site da SBPC Regional de Chapadinha: http://www.sbpcnet.org.br/chapadinha/home/

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Gestão Democracia, Assistência e Transparência fazendo valer o direito dos estudantes com sua representatividade

Na última reunião do Colegiado do curso de Agronomia do CCAA/UFMA, o Centro Acadêmico de Agronomia - CAAGRO/UFMA esteve presente, como já é de costume, onde nesta reunião extra-ordinária foi discutido o código de vaga para o curso de Agronomia, onde os conselheiros verificaram a área de maior necessidade entre as disciplinas que estão faltando os professores.

Na ocasião, os conselheiros analizaram a área de maior necessidade no curso, e todos os membros do colegiado optaram pela disciplina de Fisiologia Vegetal, porém o profissional terá de ter conhecimento em outras áreas também.

A seleção será feita por meio de um concurso público, com apenas 1 (uma) vaga. O edital será redigido e publicado até o mês que vem, junho. E o concurso será até o mês de agosto desse ano.

ANÁLISE RÁPIDA!

O curso de agronomia em Chapadinha, hoje, está com um desfalque no quadro de docentes de 07 profissionais, e o pior de tudo, só profissionais de disciplinas específicas, o que piora a situação.

Na atual gestão do CCAA/UFMA, o Prof. Dr. Jocélio Santos, a situação só vem sendo tampado o sol com a peneira, onde todo início de período há chamadas para professores substitutos. O CAAGRO é contra esta política adotada, pois além de não solucionar o problema, só se vem alastrando mais a situação e o curso inevitavelmente vai caindo no conceito do MEC, pois o que gera status em um curso é a quantidade de doutores, afinal é o profissional responsável pela produção científica em uma instituição de ensino.

Caros amigos, é a Gestão Democracia, Assistência e Transparência lutando a favor da representatividade do acadêmico de Agronomia e a melhoria de curso, além de suas condições de ensino, pesquisa, extensão, cultura, esportes e lazer!


Att., Tiago Jansen - Presidente do CAAGRO/UFMA

segunda-feira, 14 de maio de 2012

V Mostra de Iniciação Científica do IFMA de Codó-MA



Entre os dias 19 a 22 de junho de 2012, o IFMA de Codó estará realizando a V Mostra de Iniciação Científica, com o tema: "Educação Profissional e Produção de Energia Sustentável para Todos", onde acontecerá também a I Feira de Inovação Tecnológica e o II Ciclo de Palestras.

O evento contará com a participação de renomados nomes da comunidade científica nacional, e ainda, o IFMA disponibilizará alojamentos às delegações que forem.

É muito importante a participação da comunidade acadêmica do CCAA/UFMA, então, vamos lá moçada?

Quem tiver interesse em ir, está aí o endereço do site: http://moicien.net/vmoicien/news.php#
E quem do CCAA/UFMA se inscrever, favor, passar o nome ao presidente do CAAGRO/UFMA para verificar a disponibilidade da liberação do transporte da UFMA para irmos a este evento.

INFORME DO IFMA:

A MOICIEN é um evento que já acontece pela quinta vez no Instituto e tem por finalidade mostrar a produção científica e tecnológica do IFMA Campus Codó. Além disso, este ano ocorrerá também 1ª Feira de Inovação Tecnológica que visa apresentar a produção inovadora dos pesquisadores deste Campus. Este evento traz um leque de conteúdo para os inscritos e credenciados, tais como: Minicursos, Oficinas, Mesas redondas e Palestras.  Informamos também que as inscrições serão feitas até 18 de junho.  A MOICIEN acontece durante o período de 19 e 22 de junho. Contamos com a sua presença! 

Para se inscrever basta acessar: www.moicien.net

SBPC Regional na UFMA de Chapadinha






Nos dias 22, 23 e 24 de maio  acontecerá em Chapadinha, Maranhão,  mais uma Reunião Regional da SBPC. 

O evento será realizado no Centro de Ciências Agrárias e Ambientais da Universidade Federal do Maranhão com o tema: Sociedade e Agricultura Familiar.

O objetivo desta Reunião Regional da SBPC é  aquecer as discussões que acontecerão na 64ª Reunião Anual da SBPC em São Luís e levar o conhecimento científico e tecnológico desenvolvido no país para contribuir com subsídios para as políticas públicas locais de modo a promover qualidade de vida por meio da melhoria das condições de trabalho e educação a partir do endosso e ampliação do importante trabalho já  desenvolvido na região para apoiar a agricultura familiar, bem desenvolvida e muito importante para as famílias locais.

Durante estes dias o público poderá assistir à 2 conferências, 2 mesas redondas e 24 minicursos que contarão com a participação de pesquisadores locais e de  outras regiões do país. Os minicursos visam, principalmente, a formação complementar de professores do ensino básico. 

 A Reunião Regional da SBPC em Chapadinha, MA  é aberta ao público e a inscrição deve ser feita apenas para aqueles que desejam participar de um minicurso ou receber o material do evento.

A SBPC convida seus sócios e o público em geral para participar de mais um importante evento da ciência nacional. 

Participe e fique sócio da SBPC para ser integrante de uma das mais importantes sociedades científicas do país formada por cientistas e amigos da ciência que tem levado a ciência para contribuir com importantes decisões do país.  

Rute Maria Gonçalves de Andrade
Secretária-Geral da SBPC

DATA E LOCAL:


22 a 24 de maio de 2012

Centro de Ciências Agrárias e Ambientais da Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
Chapadinha, MA
Conheça o CCAA/UFMA: http://www.ccaa.ufma.br/apresentacao.htm

Conheça Chapadinha: http://www.chapadinha.ma.gov.br

VISITA DO CAAGRO/UFMA AO CAMPUS DO IFMA DE CODÓ-MA

No último dia 11 de maio, sexta-feira, uma delegação de acadêmicos do curso de Agronomia do Centro de Ciências Agrárias e Ambientais da Universidade Federal do Maranhão - CCAA/UFMA, participaram de uma visita ao Campus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Codó-MA - IFMA de Codó, com o intuito de convocar o curso de Engenharia Agronômica e Licenciatura em Ciências Agrárias a participarem da I Semana Maranhense de Agronomia, a ser realizada no CCAA/UFMA entre os dias 09 a 13 de outubro de 2012.

Durante o tempo que a delegação passou no IFMA de Codó, além do ciclo de reuniões com os CA's, coordenação de curso e direção, tivemos a oportunidade de conhecermos diversas áreas do Campus.

No ciclo de reuniões, participaram os CA's de Licenciatura em Ciências Agrárias e Agronomia, a coordenação do curso de Agronomia e a direção do IFMA - Codó. Entre todas estas estâncias que percorremos mostrando a nossa ideia, foi perceptível o entusiasmo e a força de vontade em se realizar este evento. Evento este que é de extrema importância para a articulação e desenvolvimento da Agronomia e áreas afins no estado do Maranhão.
Agora é só esperar, CODÓ, muito obrigado e estamos juntos neste desafio!

O próximo encontro será na UEMA (Agronomia, Zootecnia, Mestrado em Agronecologia) e IFMA (Licenciatura em Ciências Agrárias) em São Luís.








quarta-feira, 9 de maio de 2012


Malha viária e ao fundo o Paulo Freire,
ambos obras intermináveis.

Natalino Salgado assumiu a reitoria da UFMA em 2007, após dez anos à frente do Hospital Universitário, que expandiu e ao mesmo tempo enredou numa série de práticas clientelistas. Logo no início de sua gestão, pressionado pelo MEC e com atraso em relação à maioria das outras universidades federais, impôs a aceitação das regras do projeto de expansão do governo federal (Reuni) sem maiores discussões. E se assim começou, assim continuou. Era preciso não perder o bonde das verbas e promover as melhorias de que a universidade necessitava. Na verdade, estava dado o sinal para a sucessão de trapalhadas que culminaria numa reportagem do Jornal da Globo exibida nesta semana, integrando uma série especial sobre o ensino superior no país e cujo tema eram exemplos de abandono de instalações.

A cena é impagável, o repórter Rodrigo Alvarez está diante do Laboratório de Tecnologia Farmacêutica (LTF), completamente abandonado, devidamente fechado e não podendo ser aberto à reportagem senão com a autorização do reitor. Contactado pelo celular, ele responde de forma quase inaudível que não acha necessário autorizar a entrada, agradece e desliga o telefone com o repórter ainda na linha. Este se dirige em seguida ao prédio da faculdade de Fármácia, no centro da cidade, prédio tombado que está caindo aos pedaços (a exemplo de outro, mais exuberante e importante, onde funcionava o departamento de assuntos culturais) e vai ao Laboratório de Bioquímica Clínica, que encontra desativado. Instada a explicar a situação, a chefe do departamento fala que são sete laboratórios com um orçamento anual de R$ 10 mil! Ao final, vemos a palavra do reitor Natalino Salgado, o homem que, na intuição certeira do repórter, detém as chaves da Universidade Federal do Maranhão. Diz exatamente tratar-se de um prédio abandonado há quinze anos, com equipamentos enferrujados e que não havia necessidade de filmar nada lá, principalmente quando existiriam tantos “projetos estruturantes” nesta universidade que estava passando por “grandes transformações”. Perguntado se não achava que a falta dos laboratórios prejudicava a formação dos alunos, saiu com esta pérola: “eu não tenho nenhum estudo para avaliar as atividades dos nossos alunos depois de formados”. É de espantar, pois estamos falando de laboratórios para cursos de farmácia e bioquímica... poderiam não ser essenciais? E o reitor Natalino Salgado é médico, goza de bom conceito como urologista. A explicação para tal disparate parece estar no seu tão propalado “modelo de gestão”.
Natalino Salgado não deixou passar oportunidade de angariar recursos através da aceitação sem controle dos programas de expansão do MEC, prometendo dobrar o número de alunos da UFMA num prazo muito curto. Tratando das reformas patrimoniais, centralizou as importantes decisões da esfera acadêmica na Pró-Reitoria de Graduação, que passou a distribuir determinações, muitas vezes por cima de suas atribuições estatutárias, lá colocando um professor alheio aos quadros desta ou de outra universidade, no melhor estilo “cargo de confiança”. Paralelamente foram se esvaziando os conselhos universitários, de maneira que decisões de suma importância como a definição dos horários e do planejamento acadêmico quase foram alterados drasticamente de uma canetada, este último implicando em grande perda para as atividades de pesquisa. Já vimos este filme inúmeras vezes, um círculo restrito de professores burocratas transforma tudo em números e gráficos, trata a universidade como se fosse uma coisa só, desconhece seus problemas e nem quer ouvir as unidades, acha que tem um modelo ideal, que, no caso, é apenas tentar se ajustar de qualquer forma às metas acordadas com o MEC.
Nestes anos, tornou-se visível que muitas verbas apareceram. Os recursos captados vão a mais de 200 milhões. Sem saber de detalhes dos números, os olhos não param de perguntar como eles foram utilizados, quando vemos várias obras interminadas, algumas se arrastando há dois anos e outras claramente escandalosas, compreensíveis apenas dentro de uma visão da instituição como empresa, onde, como diz o velho ditado, a propaganda é a alma do negócio. 
No final de 2008, ano em que os recursos do Reuni começaram a chegar, estava na abertura do Encontro Humanístico, naquela ocasião com a presença do professor Paulo Arantes, quando ouvimos estupefatos o magnífico reitor anunciar em seu discurso uma reforma dos banheiros do CCH, para aplauso da galera. Parecia um político em palanque de interior anunciando obras. Aquela cena dizia muito sobre o estilo em questão. A tal reforma atravessaria mais de um ano em execução e este seria o padrão comum. Elenco apenas aquelas com que deparo no cotidiano: a construção de um prédio pequeno destinado à pós-graduação das ciências humanas se arrastou durante anos; a reforma de banheiros do CCSo, já entrando no terceiro semestre; a incrível obra de antiengenharia que é a construção das rampas de acessibilidade no mesmo prédio, que também já está pelo terceiro semestre, e torna o prédio ainda mais quente quando talvez fosse mais barato instalar um elevador exclusivamente para este fim; a obra do pórtico de entrada, licitada no valor de 400 e poucos mil para entrega em três meses, já estando com pelo menos o dobro, além de todo o plano viário, pois parece que saíram arrebentando tudo ao mesmo tempo sem nenhum planejamento. Algo de importância óbvia para o funcionamento diário de uma instituição onde se movimentam milhares de pessoas é tratado com um simples “desculpem os transtornos” e pelo visto vai atravessar o semestre.
placa anuncia obra da entrada da UFMA
O prédio Paulo Freire, foi “inaugurado”, com festa e presença do ministro, mas ainda está daquele jeito. Prédio que, diga-se, é a expressão da devastação ambiental promovida sem pena pela Prefeitura de Campus nestes anos. É coisa feita sem nenhuma perspectiva ambiental mais ampla, e que só fica bem mesmo nas imagens caprichadas das maquetes. O centro de convenções, a TV universitária, a concha acústica, a nova biblioteca central, a biblioteca setorial do CCH, o auditório central, a fábrica Santa Amélia, todas são obras que caminham muito fora dos prazos. Longe de ser um bom administrador, Natalino Salgado parece ser um mau gerenciador de recursos. A gastança, promovida principalmente através da Fundação Josué Montelo, com certeza não resiste a uma auditoria.
Atento ao que interessa nestes tempos de propaganda e espetáculo, o reitor tratou logo de ampliar a assessoria de comunicação da universidade, a ASCOM, transformando-a em autêntica agência de publicidade de sua gestão. E passamos a receber um jornal com vinte páginas, de que ele se orgulha da tiragem aos milhares, cheio de matérias falando de maravilhas, projetos em andamento e do mundo novo a vir, repleto também de fotos do reitor em setores e ocasiões diferentes. Existia ali clara obsessão com a construção de uma imagem de inovação e empreendedorismo. Recebemos mesmo um kit com dvd mostrando a Ufma como verdadeira potência rumo à excelência, um delírio só. Nos números, jogados em comparações soltas, parece interessante, mas na realidade cotidiana é outra coisa. Aí as instalações são inadequadas, os professores insuficientes, a biblioteca é muito ruim, as salas de aula quentes e desconfortáveis, as salas de projeção foram desativadas, laboratórios sucateados ou fechados, os terminais de computadores seguem insuficientes, não há espaços de convívio, tudo continua feio e destruído. Exemplos de compras mal feitas e desperdício existem aos montes, mas vou ficar com as centenas de bebedouros recentemente adquiridos com a voltagem imprópria.
Academicamente, a expansão à toque de caixa vem criando problemas e gargalos nos cursos, muitas vezes surpreendidos com decisões tomadas à revelia dos colegiados pela poderosa Proen, tendo que operar malabarismos, já cada vez mais difíceis de disfarçar, quando o número de disciplinas sem oferta aumenta e logo vai estourar. No departamento de sociologia e antropologia, por exemplo, que atende a toda universidade, foram cerca de trinta disciplinas sem condições de oferta no semestre em curso. Em dois ou três semestres a situação ficará insustentável. Os Centros continuaram anêmicos e quase sem função, como quer a reitoria e parecem concordar os respectivos diretores, que agem como se não tivessem sido eleitos e sim nomeados pelo reitor. Concordam com tudo e mais alguma coisa, não articulam os cursos e vão apenas tocando o expediente. A investida final é sobre os departamentos, que perderão qualquer autonomia na definição de suas atividades, ou deixarão mesmo de existir, o que já está em vias de ser sacramentado. A expansão da pós-graduação, por sua vez, é feita aos trancos, sem acomodações, com estrutura improvisada e, principalmente, de forma muito isolada, é cada qual por si. Em vez de tentar modificar nossas arcaicas instâncias de decisões no sentido de abrir para a própria comunidade a gestão da universidade, tomou-se decididamente o rumo inverso de concentrar decisões, esvaziar colegiados, uniformizar procedimentos, desconhecendo a realidade efetiva dos diferentes centros. Neste sentido, o “novo marco legal” de que falam desenha uma centralização ainda maior e totalmente contrária aos requisitos de diversificação, autonomia e participação, tornadas apenas palavras constantes nos outdoors.
Por fim, para deixar claro que não convive bem com crítica e opiniões incômodas, o reitor tratou de cooptar o Diretório Central dos Estudantes, com pleno êxito, sendo triste ver um antigo espaço de lutas servindo de agência da reitoria, e chegou a articular uma chapa para tomar a diretoria da Associação de Professores, quase obtendo sucesso na empreitada. Foi por inciativa desta última, aliás, através de ação junto ao ministério público, que finalmente tivemos no início deste semestre as eleições para diretores de centro e chefes de departamento, adiadas sem justificativa há quase um ano. Agiu de forma contrária, célere, quanto à consulta para reitor, processo atropelado com prazo exíguo para registro de candidaturas e poucos dias para campanha. Acima de tudo, era preciso impedir qualquer discussão. Assim, Natalino Salgado seguia em céu de brigadeiro, atropelando tudo, distribuindo em mala direta um luxuoso folder de sua candidatura, papel couche com várias fotos (tudo do que ainda será...) e gráficos, com a propaganda da “gestão de qualidade comprovada”, até a citada reportagem que o pegou no contrapé.
Enquanto se propõe a gastar meio milhão num pórtico de entrada, construir um centro de convenções com auditório de quatro mil lugares e outras prioridades, a reitoria deixa laboratórios e bibliotecas, departamentos e centros à mingua. Se o repórter fosse olhar as tais obras estruturantes encontraria a situação descrita de várias obras inconclusas e sempre com poucos trabalhadores à vista. Tudo fruto de uma forma de gestão que é a própria irracionalidade administrativa. Tal como os políticos, o reitor gosta de atender a pedidos, não trabalha com descentralização de decisões e de recursos, agindo efetivamente como “o homem que detém as chaves da UFMA”. 
Duas candidaturas oposicionistas se apresentaram contra essa situação. A professora Cláudia Durans, do departamento de Serviço Social, lançada pela Apruma, e a professora Sirliane, do departamento de Enfermagem. Em que pese o respeito que a primeira merece, a Apruma continuou voltada para dentro de si e não conseguiu articular formas de acompanhamento, denúncia e protesto contra o processo em curso. O nome da professora Sirliane foi uma surpresa agradável, pelo acerto das bandeiras de campanha Gestão Pública, Democrática e Transparente, exatamente tudo o que Natalino Salgado não faz, e por sinalizar novamente, apesar do tempo exíguo e da articulação menor, algo que a candidatura do professor Chico Gonçalves há quatro anos trouxe, a esperança de que os professores, alunos e funcionários desta universidade percebam um dia que podem caminhar fora da canga imposta por círculos que vivem anos a fio trancados nas esferas da administração superior e pouco sabem do dia a dia da universidade, das pessoas que a compõem, de suas dificuldades e necessidades. Esses senhores de casaca vivem vendendo o faz-de-conta e para isto precisam mesmo de muita propaganda, entretanto, chega uma hora que algo de revelador escapa e a realidade fura o engodo publicitário. Foi o que aconteceu no caso dos laboratórios do curso de farmácia na reportagem do Jornal da Globo, que, num lance, pôs a nu a real qualidade da gestão do reitor Natalino Salgado. 



Flávio Reis
Prof. Desoc/UFMA